Perigo das queimaduras ronda as festas juninas


Perigo das queimaduras ronda as festas juninas
Infelizmente as festas juninas, que acontecem a partir deste mês e se prolongam até o fim de julho, não resultam apenas em brincadeiras e diversão. De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras, nesta época do ano, o número de pessoas com queimaduras nas emergências dos hospitais chega a dobrar, sendo as crianças 80% das vítimas. Saiba quais são os cuidados básicos para evitar acidentes e incêndios com fogos de artifício e fogueiras.
Imprudência é principal problema; crianças são as mais prejudicadas
A imprudência no uso de fogos de artifício e nas brincadeiras perto das fogueiras é a principal razão para o alto índice de acidentes com crianças e adultos durante o período dos festejos juninos. Para a organização não governamental (ONG) Criança Segura, não existem fogos de artifício inofensivos. A ONG adverte que esses produtos geralmente causam queimaduras de segundo grau que necessitam de uma média de 15 dias de tratamento médico. Os fogos ainda podem explodir nas mãos, mutilando o manipulador.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do estado do Espírito Santo, as populares bombinhas e traques estão regulamentados e podem ser vendidos. Mas a venda de bombas, pólvora e rojões para menores de idade pode resultar em pena de seis meses a dois anos de prisão e multa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). A corporação recomenda alguns cuidados básicos para os adultos que insistem em usar fogos:

– jamais carregue bombinhas no bolso;

– nunca acenda rojões próximo ao rosto;

– não reaproveite bombinhas ou rojões que falharam e nunca tente fabricar fogos;

– prenda o rojão em uma armação e afaste-se na hora de acender;

– nunca entregue fogos de artifício a crianças, pessoas alcoolizadas ou inabilitadas para o uso;

– mantenha as crianças afastadas do local;

– compre fogos de artifício apenas em locais autorizados e evite a aquisição junto a portas de garagem, ambulantes, armazéns ou locais próximos a materiais inflamáveis (álcool, gasolina, botijões de gás, madeira, papel, etc.);

– observe se os estabelecimentos comerciais que vendem esse tipo de mercadoria têm licença de funcionamento da prefeitura e ainda se há restrição de venda dos fogos de acordo com a idade;

– esteja atento para o tipo e a quantidade de pólvora existente no produto, pois quanto mais pólvora, maior a periculosidade e potência;

– siga atentamente as instruções do fabricante (transporte, uso, armazenamento, composição, data de validade e os riscos que os fogos podem causar);

– verifique se as instruções estão em língua portuguesa, de maneira clara e ostensiva, mesmo que o produto seja importado (conforme exige o artigo 6 do Código de Defesa do Consumidor);

– não solte fogos perto de hospitais, sob copas de árvores ou perto de fiações elétricas e adote uma distância de 20 metros para soltá-los;

– prefira soltar fogos de artifício em locais abertos, de preferência em áreas amplas e sem vegetação por perto, para evitar incêndios;

– nunca aponte os fogos para pessoas e verifique se não existem materiais combustíveis nas proximidades; e

– esteja atento para a classificação por idade e habilitação de cada tipo de fogos de artifício.

Acidentes mais frequentes nas festas juninas



– Queimaduras.

– Amputação dos dedos e até de mãos ou braços causada pelo manuseio incorreto de fogos de artifício.

– Cegueira resultante da explosão de bombinhas perto dos olhos.

– Perda auditiva provocada por ruído.
No começo, só uma homenagem a São João
As festas juninas são originárias da Europa, onde eram conhecidas inicialmente como joaninas, por homenagearem o nascimento de São João Batista (24 de junho).

Posteriormente, os portugueses incluíram São Pedro (29 de junho) e Santo Antônio (13 de junho) na homenagem e passaram a comemorar também a chegada do verão, após um longo inverno de infertilidade da terra.Trazidas para o Brasil ainda no período colonial, as festas contam com elementos como as fogueiras, que fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício e que se tornaram, na Idade Média, um atributo da festa de São João.


Como socorrer pessoa com queimaduras
– Lave o local apenas com água potável ou soro fisiológico: não aplique creme dental, sabão, borra de café, manteiga, etc., que podem provocar infecções.

– Não fure as bolhas que se formarem.

– Se houver sangramento, envolva o ferimento com pano limpo.

– Leve a vítima imediatamente a um hospital ou, em caso de queimaduras graves (na face, profundas ou muito grandes), chame o Corpo de Bombeiros.

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