Ver para crer
A busca por informação na internet é – sem dúvida alguma – o principal negócio da Google. A empresa surgiu como um competidor a serviços como o Yahoo!, Cadê? e Altavista, e ganhou espaço graças às inovações de sua tecnologia.Mas no mundo atual não é possível sentar sobre o já conquistado, e a Google expandiu seus negócios para a publicidade online, métricas, email, redes sociais e uma infinidade de outros serviços. Lançou até mesmo o seu sistema operacional para dispositivos móveis, o Android.
Olhando ao redor A ideia é relativamente simples de entender, mas difícil de fazer funcionar: O usuário fotografa algo – lugares, textos, marcas etc – e envia para a Google através do aplicativo encontrado no Android Market .
Essa imagem enviada é então processada pelos servidores da empresa, que analisam cores, contornos e texturas do que está no arquivo. Essa análise permite que com relativa rapidez – dependendo da sua conexão móvel – você receba informação detalhada sobre o tema da sua busca.
Com o Google Goggles, não é mais necessário falar ou digitar para realizar uma busca. Segundo os engenheiros de Mountain View, como você conferiu no vídeo acima, nem mesmo fotografar é necessário. Aliado ao GPS de seu telefone, o Google Goggles reconhece locais e pode fornecer informações detalhadas sobre restaurantes, lojas e locais diversos, tudo isso em tempo real.
O Baixaki resolveu botar à prova uma parcela da tecnologia usada no Google Goggles. Para isso, depois de instalar o aplicativo em um aparelho com Android com a mais recente versão – 2.1 – do sistema, saiu às ruas para descobrir se a busca por imagens realmente funciona.
O primeiro teste foi relativamente simples: descobrir os resultados de uma busca a partir de uma marca da cidade de Curitiba – sede da NZN, empresa dona do Baixaki: os ônibus biarticulados, que apresentam um brasão e o nome da cidade em suas laterais.
Após processar essa imagem, os resultados da busca foram surpreendentes. Além de relacionar o adesivo dos ônibus com o brasão oficial da cidade, os primeiros links apresentados foram do artigo da Wikipedia a respeito de Curitiba, um guia de viagens sobre a capital paranaense e um estudo estrangeiro sobre a experiência urbanística da cidade sorriso.
Para garantir
Tentando confirmar a eficácia do sistema, um novo teste foi realizado. A ideia foi fotografar duas vezes a mesma imagem, com pequenas diferenças de enquadramento e foco, para comparar os resultados de cada busca.
Como esse teste foi feito dentro do escritório, optou-se por fotografar a tela do monitor – aumentando um pouco mais a dificuldade da análise do Google Goggles – mostrando a logo do Baixaki, como você viu no início do artigo. Pelas imagens a seguir, dá para perceber que ainda existem falhas na análise da foto, gerando resultados muito estranhos para uma busca relativamente simples. Não é mesmo?
O mesmo aconteceu com a análise de uma marca famosa. Apesar de não acertar em cheio, os resultados sugeridos foram próximos o suficiente para indicar que a ferramenta está no caminho certo.
Fotoleitura
Quando apresentou o serviço – que ainda está em fase de testes -, a Google disse que sua capacidade de reconhecimento de texto – OCR (Optical character recognition – reconhecimento ótico de caracteres) era ímpar e extremamente eficiente. Com isso, os serviços de tradução de textos já usados em desktops e notebooks também estariam ao alcance dos usuários do Android.
De fato é possível mandar textos para a análise do Google Goggles mas, pelo menos no teste – intencionalmente dificultado ao fotografar texto em tela, e não impresso – realizado pelo Baixaki, percebe-se que o caminho para essa ferramenta é ainda mais longo e tortuoso que o de busca por imagens.
Existia a esperança de testar também o serviço de tradução e conferir se o resultado na plataforma móvel seria tão bom quanto o obtido através de navegadores normais, porém com a falha gritante – já que em determinado momento nem mesmo o nome Google é transcrito corretamente – do reconhecimento de texto, o teste de tradução foi adiado.
Outros olhosSabe-se que a Google tem o costume de liberar alguns serviços para teste ainda em estágios muito iniciais. Foi assim com o Wave e o Buzz, e igualmente será com várias outras ferramentas que ainda surgirão dos laboratórios e salas de Mountain View. Inclusive, foi o que aconteceu com o Goggles.
O aplicativo funciona relativamente bem, especialmente pensando em textos simples e curtos – sem grandes pretensões literárias – ou em imagens de fácil reconhecimento, como monumentos e marcas famosas. Felizmente, para a grande maioria dos usuários isso é mais do que suficiente.
Ainda existe muito a melhorar, mas com um pouco de cuidado na hora da captura de uma imagem, e um tanto de perseverança em realizar a busca uma segunda – ou até terceira – vez, a chance de encontrar exatamente o que se procura aumenta consideravelmente.
Com o desenvolvimento da tecnologia e a melhora nas capacidades de transmissão de dados via rede celular, a probabilidade de você nunca mais buscar algo digitando em um campo de buscas aumenta, e provavelmente você deseja que isso aconteça logo, certo?
texto retirado do site baxaki
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