Para iniciar e encerrar o jogo, marcar falta, impedimento, pênalti, substituição e outras situações típicas de uma partida de futebol, o juiz utiliza o apito. Aliás, árbitros de quase todos os demais esportes também se valem desse discreto instrumento de sopro para sinalizar o que for preciso. Agora, pare e responda sinceramente: você diria que existe ciência no funcionamento de um simples apito?
Claro que sim! Para começar, devemos saber que o som nada mais é do que vibrações do ar, que se propagam até os nossos ouvidos. No caso do apito, essas vibrações são produzidas de forma semelhante à de instrumentos musicais como a flauta doce: um fluxo de ar – o nosso sopro – incide sobre uma lâmina, fazendo-a vibrar.
No apito, o nosso sopro incide sobre uma lâmina, gerando pequenos redemoinhos, que a fazem vibrar. Com isso, são produzidas vibrações no ar: o som. Essas vibrações são amplificadas na câmara.
O interessante é que o som produzido é amplificado em uma espécie de caixinha, chamada câmara, que existe no apito. Quanto maior a câmara, mais grave (“grosso”) será o som emitido ao soprarmos. E quanto menor a câmara, mais agudo (“fino”) o som será. Para completar, muitos apitos têm uma bolinha dentro da câmara, que aumenta as vibrações do ar e ajuda a tornar o som mais intenso. Além disso, ela altera o som de tal forma que o impede de ser contínuo e, digamos, mais monótono.
Quem apita pode controlar a duração e a intensidade, isto é, o volume do som que será produzido. Normalmente, quanto mais forte for o sopro mais alto será o som produzido. Hoje em dia, a maioria dos apitos é feita de metal, como o cobre, mas, no passado, os apitos eram feitos de madeira, sendo que muitos povos da Antigüidade, usavam apitos de barro. Alguns deles eram parecidos com flautas, pois tinham furinhos que permitiam tocar diferentes notas. Não é curioso?